Relógio

Monumentos Ferrazenses

 
FERNÃO DIAS PAIS LEME

        Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), nasce provavelmente na Vila de São Paulo do Piratininga, descendente dos primeiros povoadores da capitania de São Vicente. A partir de 1638 desbrava os sertões dos atuais estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, chegando ao Uruguai. Em 1661 fixa-se nas margens do rio Tietê, perto da Vila do Parnaíba, e administra uma aldeia com cerca de 5 mil índios escravizados. Em julho de 1674 parte de São Paulo á frente da bandeira das esmeraldas, da qual fazem parte o genro Manuel da Borba Gato e os filhos Garcia Rodrigues Pais e José Dias Pais.Este último conspira contra o pai que manda enforcá-lo como exemplo. A expedição alcança o norte de Minas Gerais, e por mais sete anos o bandeirante explora os vales dos rios das Mortes, Paraopeba, das Velhas, Aracuaí e Jequitinhonha. Encontra turmalinas,que pela cor verde confunde com esmeraldas. Morre de malária ao retornar a São Paulo.
       Na gestão de Pedro Paulo Paulino, em 1960, Fernão Dias Paes Leme, foi homenageado com a escultura que se encontra na praça Piratininga no centro de Ferraz. 



CASTELO ZENKER


        A Escolha da cidade para construção da residência familiar foi porque na Europa, o costume da nobreza era construir mansões nos subúrbios.Por esta razão, a família teria desprezado a avenida Paulista, núcleo da elite paulista do século passado. O casal alemão Arthur e Elizabeth Zenker, chegou ao Brasil, procurou um terreno para construir sua moradia fixa neste país, optando por Ferraz de Vasconcelos pela razão já exposta. Arthur era redator do Diário Alemão e com a guerra, foi perseguido, e o castelo vistoriado na desconfiança de que existiam antenas de rádio nas torres. Com o fechamento do jornal alemão, o casal passou a viver do que economicamente possuíam. Por serem conhecidos “pela bondade”, eram convidados para padrinhos de pessoas da região, que lucravam com a doação de enxoval completo e jóias.
“Os empregados ganhavam de presente os objetos ou roupas dos quais demonstravam apreciar. E assim a fortuna foi se consumindo e o casal alemão perdeu o castelo por não conseguirem pagar os impostos”.
        Permaneceram no anonimato com receio de serem associados à nazistas e sofrerem represálias ou preconceito. Terminaram seus dias em uma casa simples, num terreno no pé do morro. Ele se dedicando a dar aulas particulares de alemão e ela cuidando da casa, da horta e fazendo crochê. Arthur e Elizabeth ao levantarem o olhar e visualizarem o Castelo no alto do morro, não imaginaram que deixariam marcas e fariam parte de uma história significativa do município de Ferraz de Vasconcelos.
            Sob a fotografia da Vivenda Zenker, há o seguinte comentário: “Um feliz apanhado de uma objetiva trouxe para as nossas páginas esta vista deslumbrante de uma das mais belas vivendas do nosso município. A vivenda Zenker, em Ferraz de Vasconcelos, nos traz à lembrança a majestade dos palácios do Oriente.





Lenda urbana

        Histórias de assombração, ruídos e gritos de homens desesperados, dentro do castelinho eram sempre narradas pelos lavradores da época. Eles diziam que vários soldados alemães morreram no local e por isso a cúpula do castelinho sempre refletia, em noites claras, um homem contrastando em meio à escuridão, com uma luz avermelhada. Desesperado no topo-fantasma da torre de vigília, o homem ecoava um grito ensurdecedor. Em seguida havia um silêncio sombrio.

Fontes: Livro – História de Ferraz de Vasconcelos de Nelson Albissú.
Jornal – Notícias de Poá de 25 de Fevereiro de 2012 com reportagem de Regina Aparecida Zenker Girelli (Neta de Arthur).
Particular – Relatos da população.




 
     

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